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A economia e o agronegócio brasileiro!

  • Foto do escritor: Redação JM
    Redação JM
  • 1 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

O agronegócio brasileiro esteve no centro das notícias e discussões políticas provocadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, aplicado aos estudantes concluintes do ensino médio. Em algumas questões da prova, o agronegócio foi criticado de forma clara como sendo causador de desmatamento, explorador do trabalho humano e poluidor. O Enem, assim fez coro ao presidente, que, ainda durante a campanha eleitoral, criticou o agronegócio e chamou os produtores rurais de “fascistas”.

Por mais que o ministro da Educação e os responsáveis pela prova tentem se explicar, dizendo que não se trata de doutrinação ideológica, as críticas negativas contra o agronegócio nas questões do Enem não deixaram margem para dúvida.

Se assumissem publicamente o que está provado, haveria discussão mais honesta sobre se um governo tem o direito de doutrinar, ou se a educação deve se limitar a alfabetizar, ofertar ensinamentos científicos e técnicos, bem como ensinar as virtudes morais da bondade, da justiça e da cidadania.

Quanto ao agronegócio, é importante esclarecer que não se trata apenas da produção do setor primário (agricultura, pecuária, pesca e extrativismo), mas de algo que vai desde o campo até os consumidores. O produto, emprego e a renda do agronegócio ocorrem numa longa cadeia produtiva e passam pela zona rural, transporte, indústria, comércio, armazenagem, exportação, a indústria de embalagem, energia, finanças e negócios internacionais.

Além de não ensinar aos estudantes brasileiros o que significa o grande segmento chamado “agronegócio”, as críticas em geral são feitas com base em informações falsas, mentiras e distorções. Desta vez, o Enem 2023 nem tentou disfarçar, foi claro em condenar e acusar o agronegócio, justamente o setor que mais evoluiu, cresceu e ajudou a impedir que o Brasil se tornasse um país miserável no padrão dos mais necessitados do planeta. Vale mencionar que a população mundial passou de 2 bilhões de habitantes em 1930 para 8,1 bilhões em 2023, ou seja, quadruplicando em menos de 100 anos, e o Brasil tornou-se um país decisivo para resolver o problema de como alimentar uma população em tão pouco tempo.

A compreensão da importância do agronegócio requer voltar no tempo e examinar pelo menos as últimas oito décadas da história brasileira. Nos anos seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil seguia altamente dependente de suprimentos internacionais, e o abastecimento interno sofria com as crises cambiais que ameaçavam a capacidade do país de fazer importações. Os organismos internacionais criados após a Segunda Guerra Mundial, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, viam o Brasil como fragilizado em termos de segurança alimentar, militar e energética, a ponto da diplomacia dos Estados Unidos no governo, alertado para a urgência de o país aprovar legislação de estímulo ao ingresso de capital estrangeiro e a transferência de tecnologia, a fim de aumentar a produção e a produtividade.

A preocupação do governo norte-americano com a vulnerabilidade brasileira deu origem à criação da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico, instalada em julho de 1951, sob a liderança do Ministério da Fazenda, e que produziu seus resultados até dezembro de 1953. Essa comissão desempenhou importante papel e marcou a história da economia brasileira, inclusive pelos projetos específicos direcionados ao uso do potencial brasileiro, com destaque para as prioridades nos setores de transportes, energia, componentes industriais e agricultura.

O Brasil tornou-se um dos casos de maior sucesso de desenvolvimento do agronegócio e um dos principais países a garantir a segurança alimentar do planeta Terra, invertendo aquele quadro de país vulnerável a suprimentos externos e que era importador de produtos para a população interna.

Naqueles anos do pós-guerra, mesmo no governo nacionalista de Getúlio Vargas, o Brasil teve a intuição correta do que fazer, mesmo porque os fatos mostravam claramente o elevado nível de vulnerabilidade econômica e os riscos de prosseguir dependente de suprimentos externos. O agronegócio, que não está livre de problemas nem de críticas sérias, foi o setor que chega aos dias de hoje como o melhor exemplo de progresso e importância para o desenvolvimento econômico e social da nação. O que não faz o menor sentido e joga contra os interesses da nação é a crítica leviana, sem fundamento nos fatos e ideologia, também sem base histórica e científica, sem contar o mal e o prejuízo incutido nas mentes de jovens estudantes no caminho da maturidade e do desenvolvimento educacional.




 
 
 

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