Em primeiro lugar, a vacina bivalente como dose de reforço é importante para ampliar as defesas do organismo contra a Covid. Pesquisas realizadas apontaram que a estratégia de aplicação de doses de reforço eleva a efetividade das vacinas para prevenção das formas graves do SARS-CoV-2, principalmente nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), hospitalizações e mortes.
Cabe destacar que, agora, apenas grupos de risco são imunizados com a fórmula bivalente, ou seja, aqueles com maior perigo de óbito em caso de infecção. Idosos, pessoas imunossuprimidas, gestantes, puérperas, ribeirinhos, indígenas e quilombolas estão aptos a serem vacinados. A partir de abril, as doses também serão liberadas para os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais.
Segundo a Saúde, o envelhecimento é fator de risco importante para doença grave e óbito por Covid-19. Com o passar dos anos, a função imunológica, que protege o nosso corpo contra infecções, começa a apresentar queda, torna-se menos eficaz e isso tem relação com a idade. Neste contexto, tomar vacina desenvolvida especificamente contra as cepas descendentes da variante Ômicron, predominantes em todo o mundo, eleva o nível de proteção. Afinal, a fórmula do imunizante é mais específica e condizente com a realidade epidemiológica. Anteriormente, descobriu-se que a eficácia das versões anteriores (monovalentes) caíram com as mutações do vírus e este novo desenho é contrarresposta à evolução viral, capaz de reduzir o risco de mortes e a Covid longa. Tanto as vacinas bivalentes quanto as monovalentes agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus SARS-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade.
É importante ressaltar que usar doses de reforço e propor o uso de imunizantes com mais de uma valência (bivalentes) não são nenhuma novidade no Brasil. Na verdade, estas estratégias já são adotadas muito antes da descoberta da Covid-19. Isso porque são eficazes, especialmente em vírus mutáveis. Por exemplo, a campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) usa sempre versão ajustada do imunizante, composta pelas três ou quatro cepas do vírus que mais circulam no mundo. Esta lista é definida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e replicada globalmente pelas farmacêuticas. Algumas pessoas podem ter dúvidas em receber ou não a vacina bivalente devido aos possíveis efeitos colaterais. No entanto, o que foi observado na pós-imunização, até o momento, é bastante similar ao que ocorria com as vacinas mais antigas contra a Covid.
Disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a bula da vacina bivalente da Pfizer indica que os sintomas são os mais comuns após a vacinação: Cefaleia (dor de cabeça); dor no local da injeção; inchaço no local da aplicação; fadiga; febre; mialgia (dor muscular); diarreia e náuseas.
De forma geral, as vacinas salvam vidas, ainda mais quando se analisa os dados referentes à pandemia da Covid-19. Apenas em 2021, quando as campanhas de vacinação começaram a disseminar pelo mundo, mas as doses ainda eram limitadas 19,8 milhões de mortes foram evitadas pelo uso de imunizantes do Coronavírus em todo o mundo, segundo pesquisadores.
No caso brasileiro, a campanha nacional de vacinação demorou para ganhar fôlego em 2021. Mesmo neste cenário adverso, cientistas do Observatório Covid-19 Brasil, estimaram que as imunizações evitaram a morte de mais de 63 mil idosos nos primeiros 8 meses daquele ano. Em paralelo, as vacinas evitaram 158 mil a 178 mil hospitalizações de idosos no mesmo período.
“Quero chamar atenção dos amigos leitores e assinantes do JM, que já fiz a vacina bivalente sem medo algum, porque confio na medicina, sendo que todas me fizeram bem. Não dê ouvidos para conversa fiada e seja feliz com saúde!”
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