A crise provocada pela Covid-19 trouxe muitas dúvidas e algumas certezas. Ao contrário de muitos países do Hemisfério Norte, a pandemia não terá o mesmo impacto em nosso país, espero. Fomos pegos de surpresa pelo vírus chinês que invadiu continentes, causando pânico e deixando um rastro de mortes. Em relação ao Brasil, as previsões pessimistas de alguns especialistas, podem falhar. Hoje há certeza de que, por conta da umidade, temperatura e clima, conseguiremos achatar a curva de contaminação do Coronavírus em nosso país. Com inverno rigoroso, no Hemisfério Norte, o vírus encontrou terreno fértil para se propagar com espantosa velocidade. Isto não está acontecendo aqui em nosso país tropical. Abaixo do Equador, a população é mais jovem e saudável. Itália e Japão, além de outros países europeus, são países com grande parcela de idosos, muitos com problemas de saúde graves. O tabagismo, em muitos destes países, está presente como hábito cultural arraigado, portanto, são mais vulneráveis ao contágio. Além disso, Brasil tem o maior aparato de saúde pública do mundo, o SUS. O isolamento social tem se mostrado positivo para evitar a disseminação. Ficar em casa é a melhor solução no momento. Mas é preciso, aos poucos, permitir que determinadas categorias profissionais voltem ao trabalho. E que, nos próximos três ou quatro meses, não abram mão da higiene e cuidados. Os governos deveriam investir numa campanha em massa de orientação para que as pessoas todas, sem exceção, ao sair, usem máscaras. Deveria ser obrigatório, afinal, somos responsáveis pela saúde coletiva. A quarentena é importante, mas não pode destruir a economia. Não pode matar mais do que a própria doença. O que se quer dos sábios governos é zelo e responsabilidade em relação à preservação de empresas, que geram impostos, empregos e da atividade econômica, hoje quase toda paralisada e ameaçando a sobrevivência de milhões de brasileiros. É preciso pensar em distanciamento social, flexibilizando o setor produtivo. É preciso, gradativamente, permitir que setores vitais da economia continuem em funcionamento, sob pena de um desastre econômico sem precedentes. As gripes e outras doenças viróticas existem, trazem efeitos tão nefastos como o Coronavírus, mas há vacinas disponíveis e medicamentos eficazes. O problema mais grave é que o vírus chinês, além de não ter ainda uma vacina, mostrou que não temos estrutura de saúde pública capaz de atender às massas de infectados. As pessoas estão morrendo por falta de equipamentos de proteção, respiradores, UTI’s e leitos em hospitais. É preciso rever o modelo de Estado brasileiro, que suga recursos para sustentar a paquidérmica máquina pública. Um modelo onde bilhões são desviados para manter estruturas gigantes, com servidores bem pagos e privilégios históricos na área pública. O Coronavírus trouxe lições importantes, outros vírus irão surgir, mas o mundo não pode parar a cada epidemia. O melhor investimento dos governos, tanto em nível federal, estadual e municipal, é apoiar maciçamente as áreas de saúde e empresas locais. As duras lições do Coronavírus são um alerta, a sociedade precisa impor aos governantes, novas prioridades e, do ponto de vista individual, adotar novas regras de higiene e convivência necessárias a uma nova realidade pós-Coronavírus. Nosso presidente é uma vergonha, fora da realidade nem as mais de 10.000 mortes, inibiram seu linguajar fatídico e inoportuno. Quero parabenizar aqueles que realmente merecem nosso reconhecimento os profissionais da saúde que se dedicaram ao que realmente gostam de fazer. Por isto nosso respeito e admiração até porque muitos deles estão morrendo tentando salvar vidas de outras pessoas. Enquanto isto, o Super-Homem e Batman fazem de tudo nos filmes, por ironia do destino não imaginaram que haveria um inimigo muito mais forte, que mata sem destruição material. Covid-19 é invisível e até agora imbatível. Só um milagre de Deus!
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