top of page
  • Foto do escritorRedação JM

Governo Lula e os 100 dias!

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República completou 100 dias na segunda-feira (10). O período foi marcado pelos ataques golpistas de 08 de janeiro e pela pressa do governo em retomar políticas públicas que marcaram as últimas gestões petistas diante da fraqueza da economia e de oscilações na aprovação popular do governo federal.

Desafios, incertezas e mudanças. Lula relançou, com incrementos em número de beneficiários e em recursos, três programas sociais que, em seu formato original, levaram 10 anos para serem criados. Mas, pelo menos, o presidente está no mesmo lugar em que foi colocado pelo eleitor em 30 de outubro de 2022. A estagnação é, em grande parte, fruto do empoçamento da economia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou aos cem dias de governo sem base sólida no Congresso. Auxiliares próximos estão resignados com o fato de que, ao menos no início de mandato, o Palácio do Planalto terá que trabalhar com apoio instável no Parlamento.

Lula completou cem dias de governo empenhado em reconstruir pontes com as Forças Armadas, após início de mandato marcado por turbulências na relação, como o envolvimento de militares nos atos golpistas de 08 de janeiro, e a demissão do comandante do Exército. Oficiais militares reconheceram os movimentos pela recomposição dos laços, mas sustentam que esses gestos ainda são insuficientes porque existem pedras no caminho.

O terceiro mandato do governo Lula chega aos cem dias com poucas entregas relevantes no campo econômico, após esbarrar em questões de organização e articulação política. O ambiente doméstico para a atividade requer arrumação, enquanto o cenário externo também é desafiador, mas traz oportunidades, desde que o Brasil consiga “fazer a lição de casa” para atrair investimentos.

O governo segue com dificuldades para dar sinais mais concretos sobre a sustentabilidade das contas públicas e iniciar novo ciclo de crescimento da economia. Além disso, medidas de impactos mais perceptíveis, como a renegociação das dívidas de pessoas físicas, ainda não foram colocadas em prática.

Se a retaguarda da ministra do Meio Ambiente Marina Silva é resistente, tanto na alta prioridade que o presidente Lula deu à agenda socioambiental quanto ao forte apoio internacional recebido em menos de 100 dias de governo, há três flancos que preocupam aliados.

Ambientalistas e o agronegócio reunidos na Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura destacam ações socioambientais dos primeiros 100 dias de governo, como a restauração da governança do Fundo Amazônia. Aguardam, contudo, a retomada na homologação de terras indígenas e o envio ao Congresso de instrumento legal que crie a Autoridade Nacional do Clima.

Eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi claro ao dar sua primeira instrução ao experiente embaixador Mauro Vieira, quando decidiu nomeá-lo ministro das Relações Exteriores. A prioridade máxima era reabrir canais de diálogos bloqueados. Uma tarefa e tanto, depois que o ex-presidente Bolsonaro (PL) afastou o Itamaraty de suas tradições na primeira metade de sua gestão e colecionou atritos, mas que norteou os trabalhos da pasta nos primeiros 100 dias do governo.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), deu demonstração do estilo pragmático pelo qual é conhecida nos seus 100 primeiros dias de governo. A tucana agora busca apoio do petista para alavancar obras, no momento em que o Estado teve seu selo de crédito cortado.

A principal novidade nos primeiros cem dias do terceiro governo Lula é a tentativa de combinar as políticas sociais que o PT sempre defendeu, com ajuste fiscal desta vez criado e defendido pelos próprios petistas. A diferença notável, destaca, é que nos governos anteriores do partido a política fiscal mais rígida era adotada a contragosto.

Agora é da cabeça deles. Veremos o que vai dar!


 



bottom of page