O Ministério da Fazenda divulgou dados do Boletim Macrofiscal organizado pela Secretaria de Política Econômica. O documento apresentou as expectativas em relação aos principais indicadores econômicos e fiscais do Brasil. No Boletim, foi revisado, a estimativa para o crescimento do PIB de 2023 de 1,6% para 1,9%. O aumento, segundo o relatório, reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo.
De acordo com o Boletim, o setor agropecuário, impulsionado pela safra recorde de grãos, deve ser um dos principais responsáveis pelo crescimento esperado para o Brasil em 2023. A projeção de crescimento no ano para o setor foi revisada de 10,4% para 11%. Na indústria, a previsão registrou leve alta de 0,4% para 0,5%, enquanto a projeção para serviços cresceu de 0,9% para 1,3%.
Segundo o relatório, os indicadores antecedentes para o setor industrial vieram em linha com o esperado, mas para alguns subsetores de serviços os valores divulgados foram melhores que os previstos, repercutindo a resiliência do mercado de trabalho e das políticas adotadas desde o começo do governo como aumento real do salário mínimo e reformulação do Bolsa Família.
Em relação à inflação oficial, o Boletim Macrofiscal fez leve alteração na projeção que passou de 5,31% para 5,58% ao final de 2023. Para a média dos cinco principais núcleos, no entanto, a expectativa é de variação entre 5,20% e 5,30%, sinalizando convergência da inflação subjacente ao intervalo da meta, informou o documento apresentado pelo secretário de Políticas Econômicas e pelas subsecretárias de Política Macroeconômica e de Política Fiscal.
Pelo ponto de vista fiscal, uma das principais informações destacadas pelo boletim é a estabilidade nas expectativas para o Resultado Primário do Governo Central, em 2023. Houve pequeno aumento de 0,7% no déficit primário projetado para o exercício, passando de R$ 100 bilhões para R$ 100,7 bilhões. Essa variação foi apurada entre as coletas de expectativas do mercado entre abril e maio deste ano. Além disso, o relatório destacou a melhora nos limites superiores para o superávit primário nas projeções para os anos de 2024 a 2026, em comparação com a coleta do mês anterior. Essa melhora sinaliza perspectiva mais positiva em relação às contas fiscais do governo nos próximos anos.
Outro ponto relevante do documento é o comportamento otimista do mercado em relação à Dívida Bruta do Governo em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023. Segundo as projeções, houve redução de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior, atingindo o patamar de 77,09%. No acumulado de janeiro a maio, as expectativas de mercado registraram redução no indicador na ordem de 2,01 pontos percentuais.
Análise comparativa entre as expectativas apuradas nos meses de abril e maio revelou intensificação na queda observada nas projeções para a Dívida Bruta do Governo Geral na proporção do PIB para os anos de 2024 a 2026. Esse resultado indica expectativa ainda mais otimista para a redução desse indicador nos próximos anos.
Continuamos aguardando a baixa no preço dos alimentos em geral.
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