Novos sinais dos tempos se encontram cada vez mais visíveis. Estamos entrando em fase pós-pandemia, onde protocolos, padrões e algoritmos, cada vez mais interconectados, serão parte do dia a dia das pessoas, empresas e governos. A pergunta que precisa ser respondida é: quais os impactos sociais e econômicos dessas novas realidades sobre nossos cotidianos?
A pandemia global decorrente da eclosão do Coronavírus acelerou algumas tendências, desacelerou outras e iniciou novas. A transformação digital ganhou importância extraordinária. O setor cresce a taxas de dois dígitos em momento em que o PIB regride gravemente. A motivação para o novo impulso é óbvia: a pressa em despresencializar tudo que for possível e de fomentar a chamada mudança comportamental, que minimize o toque e o contato físico das pessoas entre si e com objetos que possam transmitir o vírus.
Estes três caminhos, protocolos, padrões e algoritmos estão reconfigurando nossos cotidianos, nossas atividades profissionais e nossos modos de vida. A vida agora é, cada vez mais, parametrizada, de uma forma ou de outra. Nossa vida mudou, à revelia, queiramos ou não, concordemos ou não. A tecnologia seguirá avançando independentemente de nossas mazelas. O resultado de tudo isso será a aceleração da automação da vida e da economia do país, com consequências que precisam ser discutidas pela sociedade.
O desafio maior é alinhar o avanço tecnológico ao combate às deficiências que ficaram expostas e visíveis durante a quarentena, como as desigualdades sociais e as problemáticas urbanas. Precisamos repensar nossa noção de pertencimento. O interesse público e a solidariedade são valores que deveriam fazer parte da revolução digital que se acelerará no país. Ou não. Dependem de nossas escolhas.
Estão na ordem do dia três debates muito importantes para a modelagem de nossa nova realidade. O primeiro trata dos potenciais limites da liberdade de expressão nas redes, combate às práticas de discurso de ódio e suas consequências. O segundo foca no eventual trade-off entre segurança sanitária e direito à privacidade, relacionado com a questão do rastreamento. O terceiro é relacionado com as discussões e os protestos globais contra o racismo, humano e digital. Todos os três são diretamente afetados pela trilogia dos protocolos, padrões e algoritmos.
Precisamos ser moderados, conscientes de nossas atitudes e atos perante a sociedade como um todo. Estamos retomando nossa vida normal com alegria de querer viver, mas precisamos do essencial e digno de qualquer cidadão que é o emprego.
No domingo, 1º de maio, se comemora o Dia do Trabalho. Seria ótimo se todos tivessem ocupados com afazeres para festejar.
Feliz Dia do Trabalho para quem tem emprego, os que não têm e querem ter, ficamos na torcida para que consigam em breve!
Nossa 21ª Feicas, simplesmente uma maravilha, além de voltar a ver novamente o rosto das pessoas.
Parabéns à Administração Municipal e ao organizador, João Batista Behenck e sua equipe de trabalho. Foi lindo o evento. Estávamos precisando de ânimo!
Texto: João Sibirino
Adaptação: Jornal Minuano
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