Esta semana as mensagens são dirigidas às mulheres em especial. O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, onde a ONU intitulou de “Ano Internacional da Mulher” para lembrar suas conquistas políticas e sociais.
Muitas pessoas consideram o “08 de março” apenas data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativos, ela não foi criada pelo comércio - e tem raízes históricas mais profundas e sérias.
“08 de março”, marca a história como um dia em que a memória se volta ao ocorrido em Nova York, em 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na sua maioria judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas pelas mesmas na Revolução Industrial.
Passando-se décadas, a mulher continua a galgar seus espaços dentro da sociedade. Por mais que houve evoluções, é importante salientar que muito ainda é preciso mudar para ampliar os espaços onde a mulher possa mostrar seu potencial e valor. Leis foram criadas ao longo do tempo permitindo a garantia de direitos e proteção, mas estas não impedem na sua totalidade que sofram discriminação, violência física e moral, assédio no local do trabalho e misoginia mostrando a fragilidade, que envolve a relação da sociedade com a mulher nos mais diferentes aspectos e contextos.
Dentro e fora de casa, os desafios têm impactado a relação das mulheres, um deles é o mundo do trabalho. No trabalho, as lideranças masculinas ainda prevalecem, mesmo tendo quebrado tabus, muitos consideram a força e inteligência da mulher inferiores para cargos de comando por exemplo. Por outro lado, empresas e comércios onde as mulheres tomaram o posto tem demonstrado ganho tanto no corpo técnico quanto no capital. Nas propriedades onde a voz feminina é ouvida, as mulheres têm mostrado crescimento e força justamente pela união que conseguem transmitir ao longo do trabalho desenvolvido pelas famílias.
Já a violência psíquica, física, bem como a moral e sexual não se limita apenas ao espaço social, mas tem se mostrado forte dentro do círculo familiar, impactando vidas, sonhos, além de custar a liberdade, muitas mulheres perdem a própria vida.
A Lei Maria da Penha foi uma das maiores conquistas femininas, mas mesmo assim o número de feminicídios tem acendido alerta sobre a questão, mostrando que mesmo protegidas, ainda são de forma vil violentadas.
Diante dos inúmeros obstáculos enfrentados na construção de espaços e igualdades onde possa ser presente e vista na sua integridade, ainda tem que entender o “porquê” muitas mulheres não se permitiram a chance para evolução completa. Muitas mulheres segregam o sentido do sagrado do feminino, criando relação negativa sobre a forma de viver ou escolhas de vida da outra. Ao invés de acolher, o comportamento sexista e muitas vezes maldoso, faz com que criem-se situações complexas e adversidades ímpares demonstrando fragilidade na forma como pensamos e enxergamos a conduta, o corpo e as escolhas de outras mulheres.
Aí você diria, então o que temos para comemorar? Temos sim e muito. Temos nossa resiliência, nosso amor próprio, nossa candura, nossa força, nossos desafios, nossas conquistas internas e sociais que por menores que sejam são nossas. Nossa inteligência, organização, dinamismo, força de vontade e acima de tudo o nosso “ser” mulher!
Na sociedade, avançaremos mais, desconstruindo padrões, estendendo o tapete de igualdade, nem em frente, nem atrás, mas um ao lado do outro, pois temos a liberdade de alma que nos deixa livre para conquistar, amar e sonhar, pois todos os dias são seus mulher!
Ame-se, cuide-se! 08 de março é um dia para a mais profunda e rica reflexão do que fomos, somos e do que queremos ser!
“Levanto a minha voz, não para que eu possa gritar, mas para que aqueles sem voz possam ser ouvidos...” (Malala Yousafzai)
Parafraseando Malala, “o mundo é para as mulheres sim!”
Fonte e foto: Tânia Rodrigues
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