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  • Foto do escritorRedação JM

Prefeito interino de Santa Bárbara do Sul, João Paulo Dumoncel falou ao JM

Na manhã de quarta-feira (27), a reportagem JM esteve no gabinete do prefeito interino João Paulo Dumoncel, onde realizou entrevista alusiva aos 62 anos de Emancipação Político- Administrativa de Santa Bárbara do Sul que transcorrerá no domingo (31).

Na oportunidade, falou sobre diversos assuntos e deixou mensagem aos munícipes.

JM: Qual a importância e significado do cargo de prefeito interino para João Paulo?

João Paulo: “Falando do cargo político, tenho total clareza que estou prefeito interino hoje, que não fui eleito pelo voto popular, mas sim por questão judicial. Não é segredo para ninguém, à espera do julgamento do Mário Roberto Utzig Filho. Sempre friso, o Mário ganhou na urna o direito de ocupar esta cadeira novamente. Mas por ser o vereador mais votado do Progressistas e me tornar o presidente do Legislativo, acabei assumindo o Executivo, o que me dá mais responsabilidade ainda.

Confesso que no início senti certo nervosismo, pois é bem diferente do trabalho no Legislativo. Por aqui passam as decisões e demora um pouco até entender como tudo funciona.

O que posso afirmar é que acima de tudo pesa a responsabilidade de tentar fazer o melhor. Por outro lado, têm algumas curiosidades no que tange minha trajetória política. Esses dias, a historiadora Linara me fez ver uma curiosidade: Em 1973, quando meu pai José Antonio Dumoncel foi prefeito pela primeira vez, meu avô Coronel Victor Dumoncel havia falecido em 1972. No ano seguinte, meu pai assumiu como prefeito do município. Agora, meu pai faleceu em 2020, eu assumi a Prefeitura Municipal em 2021.

Outra situação é que minha mãe Rose Dumoncel foi vereadora e presidente da Câmara Municipal de Vereadores. Eu também fui vereador e presidente da Câmara de Vereadores.”

JM: Qual o sentimento de usar a mesma faixa que foi de seu pai?

João Paulo: “Na verdade, quando se definiu que o presidente da Câmara de Vereadores iria assumir o Executivo em reunião com o Mário Roberto, a Marilei apresentou a faixa nova e a que meu pai usou. O Mário perguntou qual você vai querer? Respondi: Vou usar a antiga, desbotada mesmo. Como já mencionei em outras oportunidades, é um orgulho e acima de tudo um compromisso.

Tenho um histórico da família na política. Trago esse legado comigo e busco honrar, mas caminho com minhas próprias pernas. O histórico familiar na política serve para me inspirar a fazer o melhor como eles buscaram, mas tenho os meus ideais e minha maneira de trabalhar.”

JM: Quais as decisões que podem ser tomadas pelo prefeito interino e o que não pode?

João Paulo: “Em termos de decisão, mesmo estando interinamente posso tomar qualquer decisão, mas moralmente não me sinto no direito de fazer. Por exemplo: Eu assumi como prefeito interino e decidi demitir alguns e colocar outros para trabalhar como se tivesse sido eleito, poderia, mas moralmente não me sinto à vontade para fazer isto. Estou trabalhando com a equipe que estava com o Mário e a Marivane, pois daqui a pouco eles voltam a assumir, torcemos para que isto aconteça e continuam trabalhando com a equipe montada.

Interessante falar também sobre o reajuste salarial. Tem a Lei Complementar 173 de 27 de maio de 2020, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus Sars-CoV-2 (Covid-19), altera a Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000 e dá outras providências, que proíbe qualquer tipo de aumento ou reajuste. Então fomos atrás da questão da reposição inflacionária. Após alguns pareceres favoráveis e outros contrários, foi dada a reposição inflacionária. Posso ter algum apontamento ali na frente? Posso! Mas é uma decisão que o prefeito tem que tomar.

Agora estou vendo a respeito do vale-alimentação, se posso colocar esta reposição inflacionária, mas neste primeiro mês não obtive resposta.

Então qualquer tipo de decisão passa por mim, referente a qualquer pasta.”

(Acesse o link para ver a lei 173: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-complementarn-173-de-27-de-maiode-2020-258915168).

JM: Como está sendo seu primeiro mês de governo?

João Paulo: “É como te falei anteriormente, primeiro adquirindo conhecimento, muito aprendizado. Ainda antes de assumir, quando vereador, apoiei a questão das estradas. Estamos focando nas estradas do interior, pois vem uma safra por aí, mas sem deixar de lado as outras áreas da administração. Estamos nos preparando para o início das aulas, ainda que seja uma incógnita.

Muita coisa já vinha andando e estamos conseguindo fazer esse trabalho nas estradas, devido ao prefeito Mário ter deixado recurso considerável em caixa.

JM: Qual o tempo previsto para permanecer no cargo?

João Paulo: “O recesso do Judiciário volta no início de fevereiro. Aqui, no Rio Grande do Sul, tem cinco casos semelhantes ao do Mário e da Marivane para serem julgados. No Brasil, um pouco mais de cem, a nossa expectativa é que seja julgado até dia 20 de fevereiro. Torcemos que dê tudo certo e o Mário já retorne em fevereiro mesmo.

Na possibilidade de ter nova eleição, normalmente é marcado logo em seguida. Na pior das hipóteses até abril ou maio estará tudo definido. Reafirmo que espero estar tudo definido em fevereiro com o retorno do Mário.

JM: Deixe mensagem alusiva aos 62 anos de Santa Bárbara do Sul:

João Paulo: “Pelo histórico familiar e contribuição que demos para a comunidade, temos um carinho muito grande por Santa Bárbara do Sul e os munícipes. Sempre vou buscar fazer o melhor, seja como prefeito, vereador ou cidadão.

Meu desejo é que Santa Bárbara do Sul continue a evoluir, mas sem perder a essência!”

O JM agradece ao prefeito interino João Paulo Dumoncel pela receptividade e deseja realizações em sua vida política, bem como em todas as outras áreas.


 


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