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Produção agrícola anima brasileiros na safra 2022/2023!

  • Foto do escritor: Redação JM
    Redação JM
  • 14 de nov. de 2022
  • 3 min de leitura

O agricultor brasileiro é um grande produtor de commodities agrícolas. Consequentemente, é altamente dependente da lei da oferta e da demanda, sendo este o ponto de partida para olhar com atenção às expectativas para a safra 2022/2023.

As projeções para o cenário de oferta e demanda continuam apontando estoques historicamente apertados para as commodities agrícolas na virada da temporada 2021/2022 para 2022/2023. Estes estoques dão sustentação aos preços internacionais e motivam a expansão da produção do agronegócio brasileiro.

O especialista salienta as consequências decorrentes de dois acontecimentos que afetam todo o mundo: a Covid-19, também a guerra entre Rússia e Ucrânia. “Os efeitos da Covid-19, que eventualmente assombram alguns países e o conflito Rússia-Ucrânia, que afeta a oferta global de trigo, milho e outras commodities que são necessárias para a produção de alimentos e energia, sendo pontos que o produtor precisa estar atento para a próxima safra”.

Outro ponto de atenção é a economia global e o combate à inflação generalizada em todas as regiões do mundo. “O fenômeno observado de elevação das taxas de juros pelos Bancos Centrais em todos os países e a redução de crédito disponível podem desmotivar o consumo da população, reduzindo a demanda global por bens e serviços, arrefecendo o crescimento global com impacto negativo aos preços das commodities”.

A safra 2022/2023 continua representando grande desafio ao produtor rural. Os custos pegaram carona na elevação dos preços das commodities nos últimos 2 anos. Esse cenário foi motivado pela ruptura das cadeias produtivas com as restrições e lockdowns instituídos pelos países como prevenção e combate à Covid-19, e, por isso, merecem total atenção.

Segundo o especialista, os bloqueios e rupturas trouxeram grandes impactos para o agronegócio. “Todo esse cenário trouxe choques de oferta e demanda para reativar todas as indústrias e reestabelecer a logística internacional, gerando alta nos custos com frete, combustíveis, afetando preços de produção em toda a cadeia do agronegócio e trazendo riscos de disponibilidade de insumos”.

Outro ponto desafiador são as decisões unilaterais de países, bloqueando as exportações de suas produções com o propósito de combater a inflação local, mas potencializando o efeito global. Acrescenta-se a esse cenário o conflito Rússia-Ucrânia e seus efeitos sobre os preços e disponibilidade de fertilizantes, além de trazer ainda mais estresse ao mercado de energia, já que a Rússia é um importante player global no suprimento de petróleo.

Para o Brasil, os efeitos da guerra foram ainda mais fortes devido à dependência total de importações do complexo NPK para a produção local de alimentos. “No campo dos fertilizantes há redução dos preços internacionais observada nos últimos 30 dias, mas os custos ainda estão e devem continuar em patamares mais elevados comparados à safra 2021/2022”.

Mas, mesmo com essa elevação de preços generalizada em todos os insumos utilizados na agricultura e com as relações de troca mais achatadas, a margem da produção agrícola, segundo especialistas, deve se manter positiva aos produtores devido à sensibilidade dos preços das commodities. “Apesar da margem positiva, ela será inferior às últimas duas safras, ou seja, o risco financeiro ficará mais elevado a depender dos níveis de produtividade”.

Muita atenção aos fatores climáticos, taxa de juros, além do cenário mundial relacionado à Covid-19 e à guerra na Ucrânia, há outros pontos que merecem atenção dentro do planejamento da safra 2022/2023. O fator climático, com a possibilidade de terceiro La Niña, deixa o mercado em atenção diante da lembrança recente da safra de verão 2021/2022 na região Sul do país. “Ainda é cedo para trazer previsões sobre o início das chuvas e do plantio. Também como será o desenvolvimento da safra, mas as previsões iniciais são otimistas com projeções de até 150 milhões de toneladas para a safra de soja e até 130 milhões de toneladas para a de milho em 2022/2023, respectivamente”.

O crédito é outro ponto que merece atenção. Especialista explica que as linhas de crédito do Plano Safra 2021/2022 foram suspensas há cerca de 60 dias, e ainda não foram reestabelecidas. “A elevação da taxa de juros foi um dos fatores que interferiram nesse congelamento de recursos, ainda há indefinições, discussões em curso sobre o montante financeiro e taxa de juros para a safra 2022/2023, com o setor brigando pela manutenção dos juros das linhas de crédito em um dígito”.

Mesmo com desafios, o agronegócio brasileiro terá grande expansão produtiva. “Em todos os elos da cadeia do agronegócio as oportunidades são crescentes e mostram a importância do agro brasileiro no contexto global da produção de alimentos e energia”.

Não há outro meio a não ser incentivarmos os produtores na produção de alimentos. A fome não espera, mata!

Texto: João Sibirino

Adaptação: Jornal Minuano


 


 
 
 

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