top of page
  • Foto do escritorRedação JM

Produtor aguarda melhores preços e segura venda de soja!

A comercialização antecipada de soja 2022/2023 da safra brasileira alcançou produção esperada para a temporada, avanço de apenas 2 pontos percentuais na variação mensal, com atraso persistente em relação a anos anteriores, informou a consultoria Safras & Mercado.

Em igual momento do ano passado, a comercialização antecipada era de 44,1% e a média para o período é de 44,8%, de acordo com os dados. Considerando produção estimada em 153,37 milhões de toneladas, a consultoria indicou comercialização de 46,72 milhões de toneladas até então, enquanto produtores aguardam preços melhores para avançar nas negociações.

A Safras ainda estimou que 97,9% da produção de soja colhida em 2021/2022 havia sido comercializada, contra 96% no relatório anterior, divulgado em 06 de janeiro. Com isso, 124,76 milhões de toneladas foram vendidas.

Janeiro foi negativo para o mercado brasileiro de soja. Os preços recuaram nas principais praças do país e a comercialização perdeu ritmo. Apesar dos contratos futuros terem tido leve alta em Chicago, o dólar recuou forte, pesando sobre as cotações domésticas e afastando compradores e vendedores.

Em Passo Fundo, a saca de 60 quilos recuou de R$ 190,00 para R$ 171,00 em janeiro. No Paraná, o preço caiu de R$ 178,50 para R$ 164,50. Em Rondonópolis (MT), o preço baixou de R$ 170,00 para R$ 153,00. Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 95%, e a média de cinco anos para o período é de 97,3% para a safra antiga nesta época.

Em contrapartida, em função dos estoques de soja baixos nos Estados Unidos e reconstrução do rebanho suíno na China, deve haver equilíbrio no balanço global da oleaginosa. Para a safra de 2022/2023, os preços da soja tendem a ser elevados, contudo, não são esperadas alterações acentuadas. Entretanto, considerando a expectativa do aumento da taxa de câmbio e as incertezas do conflito entre a Rússia e Ucrânia, a composição do custo de produção tende a aumentar, refletindo em viés ligeiramente negativo para as margens de lucro dos sojicultores. Vale lembrar que, em 2021, 84% dos fertilizantes utilizados no Brasil foram importados, em que a Rússia se tornou um dos principais parceiros comerciais. Destarte, há esforço em conjunto entre indústrias, governo e associações do agronegócio para que os efeitos da conjuntura internacional sejam minimizados na safra de 2022/2023.

Quem não precisar vender agora, aguarde melhores cotações.


 





bottom of page