As interações entre pais e filhos por meio do brincar, do cuidar, do estar presente, na construção de uma relação de confiança e amor, facilita a comunicação e a cumplicidade. A vida em família é a primeira escola de aprendizagem das emoções e dos sentimentos, porque o desenvolvimento social e emocional das crianças depende das interações e do clima vivido no dia a dia. É através das relações familiares de intimidade que aprendemos a pensar em tudo o que sentimos a respeito de nós próprios e lidar com a reação dos outros aos nossos sentimentos. Por isso, todos os dias deveriam ser especiais e não apenas um dia por ano, para o Dia do Pai.
Há uma oportunidade de construir a rotina de todos os dias, estar bem com o pai sempre é o essencial para o bem-estar dos filhos. Uma vez por mês, com o pai totalmente disponível, fazer programa especial e surpreendente só entre pai e filho, para cuidar, brincar e estar juntos. Os pais têm muitas formas de organizar dias especiais, preparar almoço delicioso, cozinhar o seu prato preferido, andar de bicicleta, fazer desenho ou pintura, escalar montanha, passear no campo ou na praia, tomar um gelado e jogar juntos.
Os filhos imitam os pais desde o nascimento. Mas os pais, muitas vezes, só se apercebem disso tarde demais. A influência dos pais exerce-se mais por aquilo que fazem os seus comportamentos, do que pelo que dizem. As relações entre um pai e um filho dependem da maneira de ser de ambos, e há sempre necessidade, de parte a parte, de ajustar os seus comportamentos de modo a poderem criar-se referenciais comuns de relação, considerando que os filhos são diferentes em diferentes momentos do seu desenvolvimento e que as mudanças na maneira de ser são mais rápidas em certos tempos do que outras, independente, de serem meninos ou meninas.
A qualidade da relação entre filhos e pais ajuda a que ambos se aprendam, observando-se, com carinho e atenção. Permite que se conheçam as necessidades de ambos, as suas emoções, o que os faz tristes, o que os faz contentes, o que os faz zangados, conhecer os seus medos. Existem muitas coisas simples sobre os pais e os filhos que ambos não sabem e que gostariam de saber. Os filhos adoram ouvir histórias da vida dos pais, de quando eram pequenos, de como se conheceram, de quando se casaram, de como escolheram o seu nome.
Os jovens, às vezes, sentem que, apesar do tempo que estão com os pais, não os conhecem e sabem pouco sobre eles. É bom que os filhos tenham a oportunidade de perguntar aos pais todas as coisas que gostariam de saber sobre eles, em conversas informais, descontraídas, durante um passeio. Os filhos precisam conhecer melhor os pais para assim melhor se conhecerem. É muito importante que os filhos possam ter respostas sobre a vida dos seus pais, a sua infância, como eram os seus pais quando eram pequenos. Sobre a escola qual era a sua disciplina preferida, sobre o trabalho qual foi o primeiro emprego, sobre o lazer que países gostariam de conhecer.
No dia a dia e mesmo em circunstâncias difíceis como as atuais do confinamento, existem muitas formas de se expressar o amor entre pais e filhos, divertidas e criativas. A forma como cada filho escolhe para mimar o seu pai varia muito, em função da relação que tem com ele.
Parabenizo todos os pais assinantes, anunciantes e amigos do JM e dizer que antes de acumular fortuna, o futuro do filho depende da educação recebida do bom pai. Um abraço e parabéns!
