Nesta semana, muitos estudantes voltaram à rotina das aulas. Como consequência disto, temos aumento do fluxo de veículos assim como de pessoas nas vias, infrações e até mesmo dos perigos no trânsito. Uma das situações irregulares mais comuns, por exemplo, é o estacionamento em fila dupla que têm impacto negativo direto sobre o trânsito.
Além disso, quando multiplicado por vários automóveis, causa problema de grande relevância para a mobilidade urbana. “Em muitos desses casos quem compromete a segurança são aqueles que deveriam dar o exemplo, os próprios pais e responsáveis que não respeitam as leis de trânsito”, disse especialista e diretor de Trânsito & Mobilidade.
É preciso reforçar a segurança, pois as estatísticas mostram que a maioria dos sinistros de trânsito envolvendo crianças acontece ao redor das escolas. Os últimos dados disponíveis do Ministério da Saúde, mostram que a principal causa de mortes dos pequenos devido a causas externas ocorre como ocupantes de veículos. Em seguida vêm os atropelamentos e sinistros envolvendo motocicletas.
Para evitar situações de perigo na volta às aulas, é preciso redobrar a atenção, diminuir a velocidade ao se aproximar de escolas, respeitar as leis e a sinalização, além da preferência dos pedestres na faixa. Embarcar e desembarcar sempre pelo lado da calçada, não se distrair com o uso do celular nas ruas, atravessar as vias preferencialmente na faixa de pedestres, e menores de 10 anos andarem sempre acompanhados de adultos.
Ao optar pelo transporte escolar, fique atento a todos os detalhes: checar com a escola, bem como com pais de alunos, se o motorista profissional tem boas referências. Conferir se o condutor tem habilitação nas categorias D ou E, também se ele concluiu o curso de especialização para transporte escolar. Certificar-se de que o veículo conta com cintos de segurança em número igual a sua capacidade total e se todos estão em bom estado.
A legislação federal não exige o uso de cadeirinhas nos veículos de transporte escolar, mas todas as crianças devem ser transportadas sentadas e com cinto de segurança afivelado. Observar a forma como o motorista recepciona as crianças na porta da escola e preferir o transporte que tenha outro adulto acompanhando, além do condutor. Certificar-se de que o veículo esteja em dia com a autorização da Prefeitura para este tipo de transporte e também com a vistoria semestral. Verificar as condições de todos os equipamentos obrigatórios (faróis e lanternas, pneus, espelhos retrovisores, etc.). Ficar atento às condições de higiene, conforto e segurança.
Ao transportar crianças em veículo de passeio, os responsáveis devem estar atentos ao uso da cadeirinha, que conta com modelo diferente para cada faixa etária. Até 1 ano de idade, bebê conforto ou conversível, deve-se instalar de costas para o movimento do carro. O equipamento é fixado por meio do cinto de segurança do banco traseiro e a criança fica presa às alças do bebê conforto.
De 1 a 4 anos, a cadeirinha em que a criança fica sentada para frente, como os demais ocupantes do veículo. O pequeno também fica preso por meio das tiras de retenção do equipamento (sistema de cinco pontos). Entre 4 a 7 anos e meio ou até atingir 1,45m o assento de elevação para que a criança fique presa ao cinto de segurança do próprio veículo. Somente a partir dos 10 anos a criança pode ser transportada no banco da frente.
Os equipamentos são comercializados de acordo com o limite de peso e a idade da criança. Por isso, o ideal é que, antes de comprar, os pais coloquem a criança na cadeirinha e fixe-a com o cinto do próprio acessório para ter certeza de que está adequado. É preciso seguir rigorosamente as recomendações do fabricante na hora de fixar a cadeirinha ao veículo. Fixação inadequada pode prejudicar a proteção da criança. Parar em fila dupla é proibido. Nem mesmo que para embarque ou desembarque. Além de atrapalhar o fluxo de carros, é perigoso assim como pode gerar multa e remoção do veículo.
Mesmo para os pedestres as regras de segurança são sempre válidas. Ao atravessar a via com crianças pequenas, é preciso segurá-las pelo punho. Atravessar sempre na faixa e somente quando o sinal de pedestres estiver verde. Não atravessar entre os carros parados, mesmo que o sinal esteja fechado. Prestar bastante atenção ao cruzar a via em faixas exclusivas para ônibus, ao atravessar em ciclofaixa, verificar se não há ciclistas por perto. Ao descer do ônibus, esperar na calçada. Não é seguro atravessar nem por trás nem pela frente do veículo.
Em motocicletas, é proibido o transporte de menores de 10 anos. A partir dessa idade, é obrigatório o uso de capacete. Além disso, o ideal é a criança usar roupa adequada para o transporte em motos.
Por fim, todo condutor que trafega pelas ruas das cidades deve diminuir a velocidade perto de escolas ou onde haja movimentação de pedestres. Se puder evitar passar em torno dessas áreas nos horários de entrada e saída de estudantes, seria melhor!
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