Pai não está restrito ao pai biológico ou à figura masculina, mas se trata da função paterna, que pode ser desempenhada também por tio, avô, pela própria mãe, enfim, qualquer pessoa próxima da criança, independente de gênero.
Todos os anos comemoramos o Dia dos Pais, uma homenagem a esta figura tão importante na vida dos filhos, na esfera familiar e social. Entretanto, apesar da tradição, observamos evolução, mudança do papel paterno, especialmente nas últimas décadas, devido às transformações culturais que atravessamos.
Nesse contexto, o papel da mãe já costuma ser percebido e valorizado pela sociedade, mesmo porque a mulher naturalmente se vincula com os filhos desde a gestação. Para o homem este é um processo que precisa ser construído através de desejo consciente de aproximação aos filhos desde pequenos.
Diversos autores da psicologia afirmam que a ausência da figura masculina pode produzir conflitos no desenvolvimento psicológico, cognitivo da criança e acarretar distúrbios de comportamento. Isto porque é a partir da interação com o pai, que a criança começa a descobrir a relação com o mundo e a desenvolver segurança para explorá-lo.
A autoridade do pai deve ser utilizada para dar orientações seguras, gerar confiança e independência. Cabe aos homens assumirem seu lugar na educação dos filhos. O modelo masculino é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade dos meninos e também das meninas. É importante ressaltar que a presença do pai, jamais poderá ser delegada ou compensada por bens materiais (brinquedos, roupas, quartos espaçosos, viagens e outros). Mais tarde, os filhos adolescentes buscam na figura masculina modelo para se identificar e, no caso das meninas, para sua autoestima e segurança. Se o pai não ocupar este lugar o quanto antes, os filhos podem colocar outras pessoas em seu lugar, sendo grande o perigo de não selecionarem bom modelo para esta identificação.
Que cada filho seja um adulto maduro e cada vez mais feliz. Se por algum motivo o pai biológico não puder estar presente, é importante que outra figura masculina ocupe este lugar (avô, tio ou outro adulto). Desde o nascimento do bebê, seja proativo e compartilhe as tarefas com a mãe: dê banho, troque fraldas e coloque para dormir. Pode ser que no começo seja mais difícil, pois o bebê está acostumado com a mãe (ela é a fonte de vida dele), mas insista com sua presença ativa. Converse com os profissionais que atendem sua criança. Participe da rotina da criança. Se você estiver distante e quer se aproximar, comece perguntando às pessoas que estão mais próximas, quais são os seus gostos, preferências, atividades e brincadeiras. Mantenha fluxo livre de comunicação: faça perguntas, fale sobre seus sentimentos e sempre preste atenção no que conta.
Vale ressaltar que desenvolver esta convivência não é fácil, exige doação de tempo e de si, mas vale a pena!
Parabéns aos pais no seu dia!
