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Foto do escritorRedação JM

Batata-doce: cultivos melhorados!

O melhoramento na produção de alimentos como o da batata-doce tem enriquecido os pratos da mesa de muitas famílias.

Hoje, apresento duas variedades desenvolvidas pela Embrapa e que além do sabor mostram características diferenciadas das batatas-doces tradicionais, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti.

A Batata-Doce BRS Cotinga é uma cultivar de casca e polpa de coloração arroxeada intensa, com ampla adaptabilidade a ambientes e alta estabilidade de produção. Foi desenvolvida com a finalidade de oferecer ao mercado uma cultivar específica para industrialização na forma de chips, mas também pode ser recomendada para processamento industrial como farinha, fécula, tapioca, xarope de amido e outros produtos derivados.

A coloração arroxeada da Batata-Doce BRS Cotinga deriva do seu alto teor de antocianinas, pigmentos naturais responsáveis pelos tons de azul, roxo e vermelho em alimentos como frutas, raízes e folhas. Ela apresenta teor de antocianinas totais de aproximadamente 154 mg/g, semelhante a frutas de cor arroxeada (mirtilo, açaí e amora-preta).

Seu teor de matéria seca ultrapassa 32% e possui sólidos solúveis acima de 11°brix, características de qualidade importantes para o processo de industrialização. Suas raízes têm peso médio (358,91g) e formato alongado (comprimento médio de 17,56cm e diâmetro de 7,05cm), apresentando constrições e venação, características que reforçam seu uso prioritário na indústria. A produtividade média da cultivar em diferentes ambientes atinge 45 t/ha, sendo mais que o triplo da nacional de 14,5 t/ha. Seu ciclo varia de 130 a 140 dias e o plantio pode ser realizado durante o ano todo nas regiões recomendadas, com exceção do Sul no inverno.

A cultivar BRS Cotinga é exigente em calor, tolerante a baixas temperaturas e sensível a geadas, como qualquer batata-doce. Em regiões mais frias, deve ser cultivada preferencialmente nos meses de altas temperaturas, que favorecem o crescimento das raízes. Apresenta resistência ao nematoide Meloidogyne javanica, a insetos-praga de solo como broca-de-raiz, vaquinhas e larva-arame.

Já a Batata-Doce CIP BRS Nuti é uma cultivar de casca rosada e polpa alaranjada com alta estabilidade de produção. Foi desenvolvida com a finalidade de oferecer ao mercado uma cultivar específica para industrialização na forma de chips, farinhas e corantes. Possui alto teor de betacaroteno (150mg/kg), adaptabilidade a diferentes regiões no Brasil e hábito de crescimento semiereto, o que facilita o manejo entrelinha em comparação com outras variedades. Outras características agronômicas interessantes são a boa cobertura vegetal e o excelente pegamento de mudas.

A produtividade média nas diferentes regiões testadas foi de 40,5t/ha com teor médio de matéria seca de 25%. As raízes têm formato elíptico alongado com peso médio de 360g, comprimento médio de 18cm e diâmetro médio de 7cm. Podem ser consumidas in natura e tem potencial para uso industrial. É resistente aos nematoides-das-galhas Meloidogine incognita, M. javanica e M. enterolobii. Seu ciclo de produção varia de 150 a 180 dias, com plantio o ano todo nas regiões recomendadas, com exceção do Sul no inverno.

(Fonte Embrapa)

O Escritório Municipal da Emater de Santa Bárbara do Sul está encomendando mudas de batata-doce com diversas variedades, incluindo as acima mencionadas e também as tradicionais. Lembrando sempre da importância de produzirmos nosso sustento, cuidando de nossa alimentação de forma correta. Isto começa na maneira como damos importância ao que é desenvolvido em nossas propriedades.

Sustentabilidade, segurança e soberania alimentar começa com pequenas ações!

Por Tânia Rodrigues


 


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