O que talvez você não saiba é que o candidato se prepara bastante e trabalha muito bem a oratória antes de falar em público. Afinal, os políticos precisam saber usar técnicas de comunicação persuasiva e falar com convicção para convencer.
Você vai conhecer os recursos mais utilizados em discurso político e entender como conseguem convencer o eleitorado.
Comunicação persuasiva ou persuasão é a habilidade de convencer outra pessoa a aceitar ou colocar em prática determinada ideia. Saber usar essa competência para envolver os outros e ainda favorecer a sua influência é parte da comunicação persuasiva. É exatamente esse recurso que candidatos e políticos utilizam quando estão discursando. Sem ele, certamente, não seria possível convencer o eleitorado de que está falando a verdade e merece um voto de confiança.
No entanto, isso não quer dizer que eles são mentirosos e manipuladores. Uma pessoa persuasiva utiliza suas habilidades de forma natural e verdadeira. Justamente por isso consegue passar credibilidade para quem está ouvindo.
Falas convictas ou com convicção é essencial em um bom discurso político que consiga convencer o eleitorado. Uma pessoa convicta se comunica de forma clara, assertiva e confiante. Consequentemente, acaba passando mais credibilidade ao que está sendo dito.
Imagine debate entre o candidato “A” e “B”. Enquanto fala, o candidato “A” cita dados e fontes, utiliza palavras simples, fala em tom de voz adequado e é objetivo. Em contrapartida, o candidato “B” é prolixo, gagueja bastante, usa a palavra acho com frequência e fala de forma agressiva.
Agora pense se você fosse o ouvinte, qual dos dois te convenceria? Provavelmente, você e a maioria das pessoas sentiria mais convicção no candidato “A”.
Expressão corporal ou comunicação corporal é tão importante quanto à fala e, por isso, é muito comum que os políticos também trabalhem esse aspecto. Dificilmente você vai encontrar uma pessoa discursando com as mãos nos bolsos, fazendo gestos inadequados, com os braços cruzados ou balançando as mãos de um lado para o outro. É muito mais comum ver posturas corretas, gestos calculados, expressões faciais simpáticas e olhares diretos para o ouvinte.
Temas selecionados, normalmente, os políticos sabem quais devem ser falados. Também, quais devem ser evitados enquanto estão discursando. Por exemplo, os políticos não vão chegar em uma comunidade e falar sobre assuntos que não interessam aos moradores. Eles precisam abordar as coisas que se apresentam relacionadas com a realidade das pessoas que estão ouvindo.
Na verdade, os políticos estudam o público-alvo e sabem exatamente quais são os assuntos mais interessantes para serem abordados. Dessa forma, conseguem gerar conexão, praticar empatia e ganhar a confiança de quem está na plateia.
Ensaios e treinos. É muito comum ouvir alguém dizer, fulano nasceu para isso se referindo a determinados políticos ou comunicadores. Porém, é importante lembrar que a oratória não é um dom, é habilidade que precisa ser muito trabalhada. Pode ter certeza que a maioria das pessoas que fazem discurso político se preparam com antecedência e ensaiam bastante. Possivelmente, existem ocasiões em que precisam improvisar, mas até para isso é necessário treinar. Da mesma forma, que cantor ou ator estuda antes das apresentações, o político também ensaia. A grande diferença é que ele não se expressará de forma artística.
Oratória é um recurso muito utilizado por políticos e por outros profissionais que precisam lidar com o público. Isso porque esse tipo de curso é completo e trabalha diversos aspectos da comunicação. Através dele, as pessoas perdem o medo de se pronunciar em público, se sentem seguras, aprendem a falar de maneira espontânea, sabem lidar com improvisos e dominam a comunicação não verbal. Por isso, é extremamente comum que os políticos recorram ao treinamento ou a coaches que ajudam a trabalhar esses tópicos.
É importante destacar que por trás de todo discurso político, geralmente, há muita preparação. Em outras palavras, qualquer pessoa é capaz de fazer excelente apresentação, desde que trabalhe com as habilidades certas.
Agora, quando dois candidatos usam a maior parte do debate ou discurso, um chamando o outro de mentiroso, fica difícil e confuso convencer o eleitor. Em quem acreditar e confiar?
A nação brasileira tem cabeça boa, consciente, consegue separar o joio do trigo e escolher o melhor para o país!
Texto: João Sibirino
Adaptação: Jornal Minuano
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