A escalada da guerra da Rússia contra a Ucrânia, traduzida economicamente nas sanções contra o país liderado por Putin, deve afetar o mercado internacional ao pressionar o preço das commodities, elevar a inflação e fortalecer cenário de incertezas. O tamanho do impacto dependerá da magnitude dos efeitos e da duração e gravidade da crise, disse agência de classificação de risco.
Relatório disse que o avanço da tensão na região ameaça a recuperação econômica da Europa e respinga de forma internacional. “O resto do mundo será afetado pelos choques de preços das commodities em um momento em que a inflação já está alta e pelas repercussões financeiras das sanções contra a Rússia e da volatilidade do mercado financeiro”.
Conforme leitura, o aumento do preço de commodities da região, o petróleo, grãos e metais estão na mira das incertezas bélicas, afeta principalmente a inflação em países que são grandes importadores de produtos russos. Rússia e Ucrânia fornecem cerca de 14% da oferta mundial de trigo e 25% das exportações globais. “A inflação nos preços dos alimentos, juntamente com outros custos crescentes, pode agravar as tensões sociais em alguns países”.
Se o cenário resultar em aperto prolongado na liquidez, países emergentes que dependem de fluxo de capital global seriam enfraquecidos, à medida que já estão, agora, com pouco acesso a financiamentos. “Nesse cenário, o dólar continua se fortalecendo. Até agora, no entanto, estratégia de compra e venda na área do euro aumentaram apenas moderadamente e ainda estão abaixo do pico desde o início da pandemia”.
O Índice de Confiança do Empresário, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), cresceu 1,1 ponto em março, para 51,6, superando a faixa dos 50 que separa a presença da falta de confiança. Nos primeiros três meses de 2024, o índice oscila pouco acima da linha divisória, revelando otimismo, mas em nível muito baixo. “Os resultados não mostram grandes mudanças na percepção da indústria gaúcha, que continua pouco confiante no cenário econômico doméstico, ainda carregado de incerteza por conta da política fiscal, da preocupação com o cumprimento das metas do novo Arcabouço Fiscal e da Reforma Tributária, juntamente com a retirada de incentivos fiscais de ICMS no Rio Grande do Sul”.
Mesmo que a guerra esteja longe daqui, está prejudicando a economia do Brasil e do mundo. Isto é preocupante!